sábado, 11 de julho de 2009

Sete Vidas - Will Smith


Falando em vida e morte eu escolhi passar meu sábado á noite assistindo á um filme. Escolhi ver ‘sete vidas’’ sem ter á menor idéia do que o filme se tratava. Me surpreendi, pões o filme é sobre um homem que se sente responsável pela morte de sete pessoas que morreram em um acidente de carro em que ele estava envolvido. Então depois da tragédia ele decidiu entregar á vida dele para salvar á vida de outras sete pessoas. Basicamente o filme fala da doação de órgãos e de como uma única pessoa é capaz de transformar á vida de tantas outras pessoas. No filme o personagem de Will Smith, Ben, doou seu fígado, pulmão, medula, córneas e coração. Sem contar á casa que ele deu para uma mulher que precisava fugir do seu marido. A historia começa complicada, mas o Will consegue manter nossa atenção no filme e logo depois as peças começam á se encaixar. Ben já estava determinado á entregar sua vida para doar seus órgãos, mas em um momento ele pensou em não se suicidar pensando ter alguma chance de ficar com uma das mulheres que ele queria ajudar e que acabou se apaixonado. Devido às pequenas chances de ela sobreviver, ele seguiu seu plano até o fim e se matou. O filme mesmo com um final triste, tem certo gostinho de final feliz. Vale á pena ver.
Eu gosto de filmes assim, pões eles fazem á gente refletir sobre á vida e o quanto podemos ser melhores pessoas nesse mundo. Will Smith aos seus 40 anos de idade é sem duvida um dos melhores atores do momento. Ele está ótimo no filme, provavelmente irá receber á indicação ao Oscar por sua atuação e ultimamente ele sempre tem escolhido bons filmes para atuar. Não deixo mais de assistir nenhum filme com ele. Engraçado que esse filme caiu como uma luva para o que eu tenho vivido ao decorrer dessa semana. Para quem acompanha meu blog, há pouco mais de dois dias perdi uma amiga. E pra desviar á tristeza eu tenho tentado me manter em silencio esse dias. Sem animo para sair eu preferi ficar em casa e não sei se foi coincidência eu ter pegado esse filme logo hoje, ou se foi só o acaso, mas foi legal receber á mensagem que o filme quis passar e que me fez tentar entender que cada um carrega um motivo que só á pessoa que tem isso entende. Não dá pra quebrar á cabeça imaginando o que poderia ter sido feito. O importante é abrir o coração para entender que cada um tem seus motivos que o levam á tomar certas decisões que muitos nunca irão compreender. O julgamento não pertence á nós. Nunca vamos saber se isso levará á algo bom ou ruim. No caso do filme foi para o bem. E eu também refleti muito sobre o assunto de doação de órgãos. Eu já doei sangue, e já foi um grande passo pra mim, mas sempre tive receio de doar órgãos caso aconteça o pior. Meu aviso era de que eu não seria uma doadora, mas vou mudar isso essa semana. Quando pessoas á nossa volta morrem, não pensar no assunto se torna inevitável. E eu decidi me tornar uma doadora. Mas calma, que eu ainda vou viver muitos e muitos anos. Mas no pior dos casos, alguma coisa boa tem que vir com a minha morte. Não sei se isso vai mudar o meu destino. Mas se eu puder mudar á historia de alguém para o bem, quero que assim seja. Vou ficando por aqui, recomendando o filme e dando á dica para considerarem á doação como primeira opção. Pensem sobre o assunto.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Little Star



Na madrugada de ontem uma amiga se foi... E o que dizer quando algo tão ruim assim acontece? Acho que nada pode descrever isso. Meus olhos estão cansados. Minha cabeça está á mil. O dia hoje não foi fácil, e esse é o tipo de coisa que só o tempo cura.
Existem vários jeitos de se olhar para uma pessoa. O jeito que minha mãe me enxerga é diferente do jeito que meu namorado me vê que é diferente do jeito que meus amigos olham pra mim. São universos diferentes. Cada pessoa representa algo diferente para outra pessoa. Eu tinha meu jeito particular de enxergar a Ryane. Para mim ela era uma pessoa alegre, cheia de vida, bonita, engraçada e única. Nunca conheci ninguém igual á ela e provavelmente eu nunca mais vá conhecer. Ela era o tipo de pessoa que carregava o mundo nas costas. Extrema. Cheia de energia. Sem preconceitos e sempre tentando ajudar e aconselhar as pessoas á sua volta. É complicado pões esse meu jeito de enxergar a Ryane mexeu com minha cabeça de ontem pra hoje, porque as peças não estavam se encaixando. E eu comecei a tentar enxergar uma Ryane que eu não conhecia simplesmente pra tentar entender melhor o que aconteceu. Mas eu ainda não entendo nenhuma palavra do que estão me dizendo, pões ela era uma pessoa totalmente diferente do de uma pessoa que faria algo assim. Então o que foi que eu perdi? Quando meu amigo me ligou contando o que aconteceu, meus joelhos começaram á tremer, e eu nem sabia que meus joelhos tremiam. Depois começou á passar um filme na minha cabeça, e a imagem que vinha dela era sempre com um sorriso no rosto. Não tenho como imaginar ela de outro jeito que não seja sorrindo, pões ela sempre sorria. Sempre alegre e engraçada. Na ultima conversa que nós tivemos ela disse que iria voltar para o Rio de Janeiro e tentar ser atriz. Eu apenas ri, mas na verdade pensei que era bem capaz que ela fizesse isso mesmo e que acabasse ficando famosa. Afinal, quem mais poderia ser como a Ryane? Quem mais poderia? Só ela mesma. Mas na hora eu não disse nada. Poderia ter dito. Mas eu não disse. Quando eu me lembro das coisas que ela já fez por mim, me vem aquele peso na consciência. Eu ignorei muitas coisas que aconteciam á minha volta por ser mais cômodo pra mim. Ignorei e com o tempo me acostumei a ser desligada com tudo. Participo de uma ONG e faço caridade, mas nada que realmente envolva sentimento. Eu fico longe da zona de perigo. E hoje como premio eu vejo uma amiga ir embora. Me lembro de um dia que eu estava mal, precisando respirar e nesse dia eu e ela saímos para beber. Fomos ao supermercado e ela comprou varias cervejas Kaiser, eu me lembro disso pões ainda tem algumas daquelas cervejas guardadas na minha geladeira, e hoje de manha antes de ir ao velório olhei para aquelas latinhas e sorri. Naquela noite eu estava dirigindo, mas tinha bebido tanto que ela resolveu dirigir o meu carro e dormir na minha casa para eu não ficar sozinha, mesmo depois de eu ter tentado de todas as maneiras convencê-la que eu estava bem. Achei muito legal o que ela fez, e depois de um tempo descobri que ela era sempre assim mesmo. Tava sempre se colocando á frente das pessoas á sua volta e isso é algo que todos os seus amigos mais próximos podem confirmar. Na ultima vez que a vi, á apenas duas semanas atrás, nem parei pra perguntar como ela tava. Eu estava com pressa e tão envolvida com meu próprio umbigo que deixei muita coisa passar. Não vou carregar nenhuma culpa, e ninguém deve carregar algo assim. É um fardo muito pesado. Mas fica difícil não chorar pensando no que poderia ter sido feito de diferente para mudar o destino das coisas. Aos que se sentem responsáveis, eu digo que ninguém poderia ter feito nada para mudar isso. Mas conhecemos á lei da ação e da reação e sabemos que derrepente um gesto diferente poderia ter mudado todo o resultado. Minha cabeça está queimando, e agora não há nada mais que se possa fazer. O leite foi derramado e o que resta é seguir em frente. Queria que ela soubesse como ela era querida e amada, e que é uma pena ela ter tomado á decisão de deixar a gente. Vai fazer muita, mas muita falta mesmo. Nunca vamos esquecer ela e espero que agora ela finalmente tenha encontrado á paz. Que seus amigos que tanto estão sofrendo agora consigam superar essa prova de força. Que daqui pra frente à gente comece á amar mais e brigar menos. Respeitar mais uns aos outros e valorizar quem temos ao nosso redor. Que isso sirva para aproximar mais a gente e não para nos separar. Que essa seja mais uma lição de vida para todos nós. Seremos mais fortes daqui pra frente e nossa amizade vai ficar mais forte ainda eu espero. Alguma coisa boa a gente vai ter que tirar de tudo isso. Por favor, vamos ser mais espertos dessa vez. Fica aqui o meu Adeus á nossa amiga que se foi. Fica aqui á esperança de que dias melhores virão. Fica aqui então á saudade. Um beijo amiga. Vá em paz e com Deus.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Festival de Inverno - Parte 2



O Festival chegou ao fim e o show de encerramento foi nada mais, nada menos que a banda mineira Jota Quest. O segundo dia de Festival foi fraco, o primeiro Show no palco principal foi da banda Fundo de Quintal e eu não agüentei assistir o show inteiro. Na verdade fiquei parada olhando eles tocarem apenas três musicas porque minha amiga queria acompanhar o show e eu não queria deixar ela sozinha. Mas eu fiquei rezando pra passar logo o tempo, pões foi uma tortura escutar eles tocarem, mas tinha gente se divertindo. Eu não posso avaliar se o show foi bom ou ruim, pões eu odeio pagode e meu julgamento não seria muito justo com o grupo que tem muitos anos de estrada e merecem todo o meu respeito apesar de eu não gostar do estilo de musica que eles tocam.Depois veio a apresentação do Sergio Loroza...e...claro que á essa hora eu já estava á muitos quilômetros de distancia do festival, Minha amiga encontrou uma amiga dela e eu preferi ir embora e guardar minhas energias para os shows de domingo. Estava tudo tão ruim que nem o Jorge bem Jor me fez querer permanecer naquele lugar, mas minha amiga que ficou lá pra ver o show até o fim me disse no dia seguinte que eu não perdi nada, então sem arrependimentos.
Finalmente chega Domingo e vai ter Nando Reis. Meu Deus...pausa pra respirar...porque na verdade não tem nem como explicar o que ir á um show do Nando Reis significa pra mim. Pra quem assistiu ao filme Litle Black Book, o Nando Reis é a minha Carl Simons. Ele tem muitas musicas que fazem parte da minha historia de vida, e em situações difíceis recorri diversas vezes á Nando Reis, hoje em dia busco evitar Nando reis pões ele vem carregado de lembranças que eu quero evitar lembrar. A principio tive medo de ir ao show por causa disso, Mas acabou que eu não tinha motivos para ter medo, afinal Nando Reis que estava lindo alias, começou tocando uma musica totalmente desconhecida e permaneceu assim, até o meio do show. Ele aproveitou o festival para tocar o show de divulgação do seu novo disco que eu ainda não comprei. Não foi bem um show onde todo mundo cantou junto, mas as musicas eram bonitas. Depois ele tocou algumas conhecidas como... sou dela...luz nos olhos...por onde andei...segundo sol...e acho que só essas mesmo. Mas quem animou mesmo á noite foi o Jota Quest., que chegou cheio de energia e tocou poucas musicas do seu novo disco. Animou muito a galera e fizeram um show mais longo do que qualquer outro. Tive a impressão que o show era eterno, mas no bom sentido. Fui ao festival para ver Lulu Santos e Nando Reis, e acabei me divertindo muito mais com Biquíni Cavadao e Jota Quest. Mas Biquíni foi sem duvida á banda que mais agitou á galera e marcou o festival de inverno de 2009. Conversando com minha amiga em direção ao carro, a gente comentou que a impressão que dava era que o Biquíni tinha feito o melhor show. Isso pode ser explicado por vários fatores, como o fato deles terem sido a primeira banda á tocar no festival, ou por eles não serem tão estrelas assim, ou por estar todo mundo com mais energia, não sei bem o que foi, mas pra mim o festival foi deles.
Agora que o festival de inverno se tornou parte do calendário de Brasília, espero ano que vem ter novamente Biquíni Cavadão para assistir. E quem sabe venha Capital Inicial em 2010. Please.
Até ano que vem então.